A
Justiça do Amazonas informou nesta sexta-feira (7) que decidiu levar à esfera
federal dois inquéritos da Polícia Civil sobre relatos de meninas indígenas que
dizem ter vendido a virgindade.
As
menores dizem ter trocado a virgindade por R$ 20 e caixas de bombom, conforme
revelou a Folha em novembro. O
caso está em segredo de Justiça.
A juíza Tânia Mara Granito, da
comarca de São Gabriel da Cachoeira, acatou pedido da Procuradoria-Geral da
República, sob o argumento de que a Polícia Federal é competente para
investigar crimes contra os índios e de repercussão sociocultural na vida
deles.
A solicitação também se baseou
em críticas do Conselho Tutelar da Infância e Juventude da cidade sobre o andamento
da apuração da Polícia Civil. O primeiro inquérito foi aberto em 2011, mas até
hoje ninguém foi preso. Os suspeitos são empresários locais, um ex-vereador e
um taxista.
Uma terceira investigação, sobre
suposta participação de dois militares do Exército nos crimes de exploração
sexual e estupro de vulnerável, continuou na esfera estadual.
A Polícia Federal já havia
aberto um inquérito para investigar denúncias, mas diz que com o deslocamento
poderá ampliar o trabalho.
O delegado Normando da Rocha
Barbosa, responsável pelas investigações na Polícia Civil, disse que chegou a
pedir a prisão de um dos suspeitos, mas ele continua foragido.
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