sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

MAIORIA DOS TRABALHADORES EM REGIME DE ESCRAVIDÃO NO PAÍS NASCERAM NO MARANHÃO


Desde o início da fiscalização do trabalho escravo em meados da década de 90, o Maranhão até hoje ocupa os primeiros lugares entre os estados que exploram esse tipo de mão-de-obra, aliciando ou enviando trabalhadores para outras unidades da federação para serem submetidos às péssimas condições de trabalho. O trabalho escravo contemporâneo está ligado ao aliciamento, migração e servidão por dívida. Especialistas afirmam que a erradicação só possível com fiscalização, combate, punição, políticas públicas e participação da sociedade.

No trabalho escravo rural de todo país, 41,2% dos trabalhadores entrevistados nasceram no Maranhão. Isoladamente, o estado contribuiu com praticamente o mesmo contingente fornecido pelos naturais da Bahia (18,2%), Paraíba (8,2%) Tocantins (5,0%), Piauí (5,0%) e Mato Grosso (5,0%). Três estados são os maiores exportadores de trabalhadores que terminam submetidos à condição análoga à de escravos (Maranhão, Piauí e Tocantins) e a maior quantidade de trabalhadores resgatados destas condições foi encontrada no Pará, Mato Grosso, Maranhão e Tocantins.

No entanto, o Maranhão foi o estado de origem da maior parte dos trabalhadores escravos com 28% dos resgatados e que haviam sido aliciados em solo maranhense. Ainda sim, o estado lidera com 16,01% do estado de origem com 95,49% do sexo masculino, 40,14% são analfabetos, com idade entre 25 e 34 anos. Três meses e 15 dias é a média de tempo de trabalho até a sua libertação. Desses 941 mil vivem ocupados no setor agrícola, 436 (46%) sem rendimento, 845 (90%) até um salário mínimo.

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